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12/10/2019 18h32 - Atualizado em 12/10/2019 18h37

NADA A MANTER

Paulo Schultz Paulo Schultz
Professor
2019, outubro.
 
Um tempo sombrio,de crise econômica,de desemprego,de empobrecimento dos assalariados,de empregos precários e informalidade, de queda na produção industrial ,de queda no consumo,de queda na arrecadação pública, de cortes totais ou drasticamente parciais em políticas públicas que beneficiam, ou já beneficiaram, milhões no pais.
 
Um governo federal encabeçado por um sociopata perverso, cujas *pautas sempre se relacionam com a morte (armas, agrotóxicos, desmatamento, queimadas), com a indução à carência, ao desamparo  e ao empobrecimento financeiro,educacional e cultural, e com um devaneio insano, mas meticuloso,  que estabelece uma divisão entre supostos comunistas e “gente de bem” comandada por ele, um “Messias” .
 
Em nossa terra gaúcha, o estado do Rio Grande do Sul, um governo da direita liberal, encabeçado por Eduardo Leite,do tucano  PSDB, tendo a companhia do MDB,PP e outros do campo conservador, basicamente.
 
Um governo que é puramente a continuação do governo anterior, do MDB de Sartori, pois o norte é o mesmo: encolher o tamanho do estado e dos serviços públicos,e colocar no funcionalismo a carga pesada pertinente à esta pauta de estado mínimo.
A única diferença, no caso, é supérflua -  Leite é mais polido e habilidoso politicamente, comparado à tosquice sarcástica do gringo Sartori.
 
Com este quadro no país e no estado, temos que olhar nossos municípios.
Fragilizados em suas receitas, e gradativamente mais sobrecarregados para dar conta de políticas públicas, especialmente em uma conjuntura onde elas são negadas ou diminuídas pelas outras esferas governamentais.
 
Vejamos  Santa Rosa.
 
Um governo de direita, majoritariamente composto pela elite local e para a elite local.
Uma figura do passado (de um passado que se impôs em ser presente),   à frente desse governo. Basicamente um conservador carismático, com capacidade limitada apenas a produzir um feijão com arroz básico para uma população e um município  com necessidades complexas.
Mas absolutamente  hábil para atender a pauta da elite  local, em seus aspectos menores ou maiores.
No decorrer do governo, problemas de gestão, de ética e de irregularidades, constantes em todo período de quase 7 anos desse governo até aqui.
 
Paralelo a isso, este governo tem já uma candidatura de continuidade posta a público.
 
Mas se o quadro é terrível no plano nacional, e ruim no plano estadual, não é de continuidade conservadora e elitista que o município precisa
 
É tarefa do poder público do município, neste quadro amargo, mirar suas ações  políticas públicas para aqueles que mais precisam, pensar em como combater o projeto que exclui e empobrece, que vem do estado e do país, dentro do âmbito local, a partir do âmbito local.
 
Mesmo com a capacidade diminuída, é preciso ousar.
Ter a coragem de voltar a máquina pública do município com prioridade para ações  no campo da habitação, do emprego, da infraestrutura, da saúde.
 
Provocar,mesmo que com as dificuldades impostas pelas esferas acima, e pelas finanças que se projetam insuficientes,  um  projeto de desenvolvimento que seja distribuidor de riqueza, e indutor de cidadania digna.
 
O projeto que exclui e volta o  estado para atender os interesses de poucos deve ser combatido com firmeza a partir dos municípios.
 
Num movimento  articulado entre centenas ou, quem sabe até mesmo milhares de municípios, para minar de baixo para cima a onda produtora de miséria e concentração de riqueza.
 
Santa Rosa já pôde mais.
E precisa tornar a ser assim.
Pela população local, e pelo imprescindível enfrentamento para ousar  conter e reverter, no âmbito local, os estragos feitos nacionalmente, e no estado,  na vida e na dignidade das pessoas.
Por isso, a direção necessária:
!Nada a manter!

 

Este artigo é de responsabilidade exclusiva do seu autor, não representando necessariamente a opinião do portal.

 

Comentários

Santa Rosa merece um governo que trabalhe pela população, em especial os mais necessitados. Investir muito mais em educação, cultura, saúde e assistência social. Um governo que faça projetos, debata o orçamento do município com os santa-rosesnses! É hora de mudanca! Parabéns, Paulinho pela análise de conjuntura!

Rozane Maria Dalsasso - 14/10/2019 18h45

É isso! Um país que tem uma imensa massa de desempregados, miseráveis, pobres, não pode se dar ao "luxo" de ficar elegendo "engomadinhos" para governar as estruturas que são responsáveis pela melhoria de suas vidas, em qualquer âmbito, em qualquer esfera de poder. Para governar com a sensibilidade que se exige, não basta ter carisma e empatia. O governante precisa ter o genoma do povo brasileiro, que na sua grande maioria é humilde e trabalhador. Tem que conhecer de perto as necessidades e tem que ter coragem e ousadia para enfrentar os "poderosos" que se acham donos do município e que determinam a política à luz de seus interesses particulares. Então, concordo. Nada a manter!!! O futuro é feito de mudanças. O povo é o senhor do seu próprio destino. Eu acredito na mudança feita pelo povo, não pela elite.

Paulo Schmidt - 13/10/2019 07h23

 

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