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30/11/2011 19h03

Máscaras sociais

Ivo Ricardo Lozekam Ivo Ricardo Lozekam
Consultor de Empresas na Área Tributária, Formado em Ciências Contábeis, especialista em tributação na área de Icms, com clientes no segmento industrial e de transportes.

Desde os tempos mais remotos, consta que a vida em sociedade necessita de certos requisitos.  Como seres sociais, é necessário nos portarmos de forma a interagir com os demais seres humanos.
O limite de nossos direitos é demarcado justamente na fronteira com o limite do direito do próximo. Esta é a civilidade, necessária para organização e crescimento da humanidade. O debate de forma saudável e produtiva permite a evolução e convergência em medidas que trazem resultados altamente positivos a todos.
No entanto, a regra indispensável de civilidade,absorvida pelas camadas mais cultas e bem sucedidas, paradoxalmente acaba ao mesmo tempo sufocando ideias e ideais, inibindo a expressão de novas vontades e de novas propostas, pelo fato destas fugirem do protocolo, do convencional.
As regras de civilidade, a sociedade e a política são indispensáveis para a evolução da humanidade. No entanto, quando a sociedade e a política nos impingem um modo de conduta, de ser e de pensar, está nos alienando, ficamos aprisionados e somos engolidos pelo sistema social e político, engessados, fadados a se adequar e cumprir o ritual.
Cria-se um sistema de protocolos e modos engessados de pensamentos. Nasce neste momento, a ‘Sociedade de máscaras’.
Para inserir-se neste sistema, é necessário ter sempre consigo sua máscara social, que tapa o seu rosto, escondendo quem você realmente é. Você precisa usar a máscara, para se tornar igual aos outros que também possuem a sua máscara, pois na verdade todas as máscaras são iguais.
Como a maioria está usando a máscara, quem não estiver usando-a será facilmente apontado, então ocorre que ao sair de casa as pessoas já estão utilizando-se da máscara. 
Quando alguém surge com um pensamento diferente do pensamento dominante, ou faz apontamentos que são fatos, porém fatos que não agradam a maioria, está neste momento sem a sua máscara, e por consequência a sociedade automaticamente o exclui, banindo-o do grupo.
Esta sociedade de máscaras valoriza aquilo que quer que seja real, mesmo que na prática não seja. Isto faz com que ocorra uma sociedade de faz de conta, onde todos são bem quistos, bem sucedidos, honestos e admirados por todos. É como se fosse um mundo da fantasia.
O fingimento e a dissimulação têm um nome, chama-se hipocrisia. Se alguém se apresenta de cara limpa, despido de máscara não é hipócrita, mas é banido e taxado, portanto sua voz é calada, não prevalece.

 

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