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06/03/2011 14h13 - Atualizado em 02/04/2011 01h37
Garoto-Propaganda: Marca com Personalidade
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Soluty - Ideias e Soluções
Coluna da Soluty Comunicação e Design. Artigos voltados para o mercado da comunicação, com diversos assuntos voltados a empresários, profissionais, estudantes e interessados pela área.
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Quando se fala em clássicos da Comunicação, dá praticamente para montar um time só com mascotes ou garotos-propaganda. O baixinho da Kaiser, o garoto da Bombril, o cãozinho da Cofap, a galinha da Maggi, o Fernandinho das camisas USTOP, o frango da Sadia, os homens azuis da Tim, etc... São personagens que criam uma maior empatia do público com o produto anunciado, facilitando a comunicação e fortalecendo a marca da empresa.
Ao lado do nome e da logomarca, do slogan, e às vezes da música, os personagens são sinais da marca, elementos que têm uma grande força de representação e diferenciação das demais. Os personagens cumprem duas funções: ajudam a comunicar os elementos de visão da marca (atributos, benefícios, personalidade...) e também podem ser um instrumento poderosos para estabelecer um forte relacionamento com o consumidor.
A empatia do garoto-propaganda se traduz na associação do produto à sua imagem como ator social ou como personagem, ou ambos. Esse recurso, aliado à maneira especial de se comunicar, de frente para a câmera, olhos nos olhos, tem a nítida intenção de criar vínculo com o consumidor. Ator, músico, modelo ou esportista, o garoto-propaganda empresta seu prestígio à marca, servindo de avalista das qualidades e vantagens do produto.
O caso mais famoso na publicidade brasileira é o do garoto Bombril, personagem vivido pelo ator Carlos Moreno, que permaneceu à frente da campanha por mais de 20 anos e retornou recentemente. No Rio Grande do Sul, onde os casos são raros, os anunciantes geralmente se associam a personagens ou artistas ligados à nossa cultura: Neto Fagundes para lojas Becker; o Guri de Uruguaiana para Farmácias São João; e o Rui Biriva para Sul Cores. Através do humor ou da seriedade, o objetivo é transferir traços típicos gaúchos - a honestidade e a hospitalidade - para agregar credibilidade à marca e atrair os clientes para as lojas.
Fontes: Estudo das configurações de um garoto-propaganda. Maria Lília Dias de Castro, Gabriela Bom e Aléxon
Gabriel João. O Jogo das Marcas. Inspiração e ação. Fernando Jucá & Francisco Tortorelli.
Consumidor identifica-se com a personalidade dos garotos-propaganda
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Comentários
Parabéns pela coluna, é um assunto interessante.
Apenas uma correção: O "garoto-propaganda" da Sul Cores é o Rui Biriva (foto) e não o Gaúcho da Fronteira.
Diones - 02/04/2011 00h31