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02/08/2011 00h31
Vagas no estacionamento
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Sávio Hermes
Advogado e Escritor.
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Segunda-feira, 18 de julho de 2011, o que há de errado com o trânsito? Fazendo o trajeto de sempre para chegar ao local de trabalho, havia um cheiro ou ausência dele no ar, que indicava que algo não estava certo. Pensei que de repente fosse feriado, não era. Alguma paralisação, devido a reivindicação de algum setor, não era.
Quando, trafegando pela rua Guerino Rigo titubeei para dobrar a esquerda, na direção da rua Santos Dumont: primeiro, não veio nenhum nervosinho para buzinar pelo meu descuido; segundo, havia muita vaga para estacionamento, parecia uma situação irreal.
Passei o dia matutando estas coisas, sem chegar alguma conclusão óbvia. E só quando voltei para casa no final do dia, dei por conta a razão de tamanha mudança no transito local - o calendário.
Estamos em pleno recesso escolar. A ausência do tráfego decorrente das atividades escolares oportuniza um transito mais ameno, ao menos em algumas partes do centro da cidade.
O que joga um elemento a ser considerado. Como todos ocupam tudo ao mesmo tempo, poderia se pensar no caso de todos não usarem tudo ao mesmo tempo. Impressionante que até no sábado pela manhã, o transito estava mais calmo, com algumas vagas fáceis de estacionamento.
O que não impede o surgimento de novas situações. Ante a eventual folga, vamos dizer assim no trânsito, personagens oprimidos até então, acabam por se sentir mais a vontade para reincidir em velhas práticas. O coadjuvante de então, ora, protagonista, impunha o novo velho símbolo da resistência - a magrela.
A bicicleta opera uma revolução silenciosa, porém, não a isenta de igualmente ser um instrumento que gere lesões, se não usada e obedecida algumas conveniências básicas. Por exemplo, bicicleta em movimento não é pedestre é um veículo como qualquer outro, portanto, faixa de segurança é para pedestre.
Enquanto se discute a lei, a fiscalização e a ordem, a pessoa faz o uso e querendo ou não, gostando ou não é o uso que vem determinando a razão das coisas. O que torna difícil a implementação de medidas, onde após longo tempo de gestação, quando aplicadas, não correspondem mais ao uso dado a elas.
Do somatório do recesso escolar, férias coletivas de categorias profissionais e necessidade de transporte por grupos determinados, poderia se alcançar um meio termo entre a estrutura existente e quem sabe uma ocupação razoável destes espaços, bastando quem sabe definirmos um calendário.
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Comentários
Sávio, o nosso trânsito é algo de outro mundo! Bicicletas na faixa de pedestres, pedestres que pensam estar em uma passarela de desfiles de moda, faixas em locais impróprios (saídas de rótulas), pedestres desfilando na faixa à noite quando ficam quase invisíveis... E por aí vai! Faltam sinaleiras, sobram faixas de pedestres e buracos!!!
César - 11/08/2011 15h37