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25/07/2012 09h21 - Atualizado em 25/07/2012 09h32
Ânimos Acirrados
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Magnus Langbecker
Escritor, presidente de Associação Santarosense de Escritores (ASES) e acadêmico de Biologia.
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Em meio ao incio efetivo da corrida eleitoral percebemos estar num caldeirão em que, cada vez mais e mais, as mentes tornam-se fechadas e os interesses pessoais se sobrepõem a qualquer forma de racionalidade, espirito colaborativo, ou mesmo, tolerância.
Trabalhei, e espero continuar a trabalhar, em muitos projetos com pessoas e amigos das mais diversas colorações políticas e/ou partidárias e deveras tivemos momentos muito proveitosos. Nesta época, entretanto, interesses comuns são esquecidos ou obliterados em nome do engrandecimento pessoal e egoístico ou da facciosidade grupal.
É evidente que todos temos direito de nossa visão de mundo e nosso posicionamento partidário. Não podemos deixar, porém, nossos valores maiores enquanto sociedade em banho-maria por três meses para retomá-los apenas após o período eleitoral.
Senão, vejamos, que espécie de representantes elegeremos dentro deste jogo de cena de agora ódio total e ótima convivência pós-eleitoral? Não seria este o motivo de, muitas vezes, sermos questionados da validade de nossas convicções?
Importante o momento eleitoral, imprescindível a boa política. Não devemos esquecer, todavia, o que somos, o que desejamos, o que pensamos enquanto indivíduos e enquanto sociedade, superiores a esta momentânea rivalidade.
Lembremos que uma sociedade mais justa e humana se constrói de melhor forma com mãos dadas do que com punhos cerrados.
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