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30/07/2019 22h52 - Atualizado em 30/07/2019 22h53
O Sol vai voltar a brilhar, apesar de tanta barbaridade
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Paulo Schultz
Professor
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A noite escura de quem propaga e celebra a morte vai passar, e a luz da vida vai voltar.
É assim que se dá na história.
O tempo sombrio de golpes, tribunais de exceção, ilegalidades, maldades, fundamentalismo e ignorância... esse ciclo termina.
O tempo de poder de Bolsonaro e seus seguidores terá fim.
Quantos vão morrer, quantos vão sofrer... no futuro, essa conta será fechada por aqueles que resistiram e enfrentaram essa onda extremada de direita fundamentalista.
Estes escreverão a história do tempo ruim que acabou, e do quanto se teve que lutar e resistir para sobreviver a ele.
Uma resistência necessária para defender aqueles que mais precisavam e aqueles que mais sofreram, para defender o direito democrático de ser o que se quiser ser, para assegurar com firmeza direitos que jamais deveriam ter sido questionados, para libertar quem jamais deveria ter sido trancafiado, para proteger a existência de um país como nação soberana, para dar a um povo todo uma perspectiva de futuro, livre do desalento escravo.
O tempo dos resistentes de agora, é de enfrentar o ódio presente na vida real e virtual.
A cegueira da destruição, da falta de empatia e do ódio será dissipada, mas vai custar esforço e firmeza de quem não aceita esse obscurantismo humano.
Vejo os olhos assustados de ativistas sociais encolhidos, temerosos pelo tsunami conservador e violento, que vem crescente desde 2013 até aqui.
Contrastando esse temor, com o gozo incontido da elite e de parte da classe média do país, que sempre quis o Brasil só para si e os seus, e que sempre humilhou e detestou pobres, pretos, índios, e todos aqueles que eram mal vistos pelos seus olhos preconceituosos.
Isso tudo vai passar.
Não vai ser de graça e somente ao natural.
Vai exigir resistência e enfrentamento.
Vai exigir, sobretudo, a insistência diária de construir na mente das pessoas, uma narrativa clara e convincente, de que isso tudo que estamos vivendo é ruim para as pessoas e para o país.
Como dizia Gessinger:
" as chances estão contra nós, mas nós estamos por aí, a fim de sobreviver".
Por nós e por todos, e sobretudo pela vida.
O sol vai voltar.
Foto: Internet
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Comentários
Muito boa a reflexão Paulinho. Parabens! Estamos vivos e conscientes da nossa capacidade e da necessidade de lutar. Somos felizes porque lutamos e temos a certeza de estarmos do lado certo. O lado de quem mais precisa, do lado da justiça. A história vai provar as nossas convicções. Em frente companheirxs na LUTA por VIDA digna para todos.
Terezinha Lazzaretti Krolikowski - 31/07/2019 21h38
Ótimo. artigoPaulo....
Arregaçar as manguitas e resistir e a forma é esta mesma: trabalho de formiguinha.
Não tá fácil, mas se não fizermos vamos morrer na praia..
Não quero isso para meus netos!
Laurecy - 31/07/2019 17h24
Muito bom, Paulo!!
Pagaremos caro pelo consentimento, pelo apoio da população brasileira, ao atual governo que representa um pensamento nefasto à democracia! Que coloca em risco a vida das pessoas e a dignidade das instituições. É tudo insuportável! Mas, resistiremos!
Neusete Rigo - 31/07/2019 13h19
Parabéns Paulinho, excelente reflexão, estamos nessa junto.
Orlando Desconsi - 31/07/2019 12h41
A vida é um ciclo.
As circunstâncias da vida refletem o que fazemos em vida.
Uns serão história. Outros, página virada.
Podemos abreviar um ciclo. Antes, precisamos entendê-lo.
A luta continua, porque a luta é contínua.
A história do mundo que conhecemos e da qual fazemos parte é a própria história da Luta de Classes.
Vamos superar. Precisamos resistir. Precisamos enfrentar.
A verdade liberta.
A verdade é a arma que dissipa o fascismo.
A sociedade que não se sujeita à tirania e escravidão, não de sujeita às mentiras e fakenews. Não se sujeita à intolerância e discriminação.
O Brasil é muito maior do que essa onda protofascista.
O Brasil, ou será para todos ou não será de ninguém (Paralamas).
Paulo Schmidt - 31/07/2019 10h37