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quarta-feira,17 de abril de 2024

Minha história

 

Leitura como paixão!

Natural de Campina das Missões, Jacob Petry é formado em filosofia pela Unijuí, tem 40 anos e desde 2006 mora na pequena cidade Hachensach, dos Estados Unidos.

 

Jacob comenta que a leitura é uma forma de você nunca estar defasado.
Jacob comenta que a leitura é uma forma de você nunca estar defasado.

Mesmo sendo filho de um pai analfabeto e, considerando que sua mãe queimava os livros porque entendia que quem lia muito ficava louco, desde pequeno lia muito. Em sua adolescência lia Nietzsche, Rousseau, Schopenhauer e muita literatura clássica. “Basicamente minha vida era a leitura. Tanto que lá na comunidade que eu nasci tinha uma biblioteca e os moradores brincavam que já havia lido toda ela”, comenta ele.
Jacob conta que teve uma fase em sua vida em que teve que parar de estudar, pois o colégio ficava muito distante da residência. "Então, eu decidi que iria parar de estudar um ano e depois iria para o Seminário. Nesse ano eu li muito. Eu tinha professores que mandavam os livros pelo meu irmão mais novo e eu passava as noites lendo, até que fui para o Seminário em Cerro Largo onde cursei o segundo grau. Lá eu pude escolher onde trabalhar e optei por trabalhar na biblioteca do seminário. Ali eu lia bastante”, lembra ele.
Jacob sempre fez muita leitura espontânea, por paixão. Logicamente, essa leitura lhe induziu a escrever e já desde cedo os professores pegavam as suas redações como exemplo. “Teve um dia que um professor pegou minha redação e disse que eu seria escritor”, destaca.
“Na verdade eu nunca me descobri como escritor, eu acho que fui me tornando de forma tão sutil que eu nem consegui perceber. Chegou uma época que eu não sabia o que escolher, não sabia se fazia jornalismo. Resolvi fazer Letras, mas desisti, depois fiz Comércio Internacional e também desisti. Depois fui para os Estados Unidos e fiquei dois anos lá e, foi quando voltei, que resolvi cursar filosofia”, comenta.
Nessa época, escreveu seu primeiro livro publicado. Jacob já havia escrito outros livros, mas com publicação esse foi o primeiro. “Mesmo depois disso eu escrevi livros que não publiquei. Depois decidi que iria publicar mais livros somente se conseguisse uma editora no eixo Rio/ São Paulo. Comecei a enviar os textos originais e, como a maioria dos escritores, recebi várias cartas de rejeição. Mas eu sempre dizia: recebo tantas cartas de rejeição que um dia vai formar uma pilha enorme, mas no topo vai ter uma proposta de publicação de livro, e foi o que aconteceu”.

Filosofia de vida
 “Todos nós nascemos com uma habilidade, que eu chamo de talento natural, que é a capacidade de desenvolver certa atividade melhor que as pessoas a nossa volta. A nossa felicidade depende de descobrir qual é o nosso potencial e desenvolvê-lo”, afirma Jacob.
Jacob lembra que teve muitas dificuldades. “Não tive dinheiro para estudos em bons colégios, por isso também levei tempo, mas consegui com muito esforço ser escritor. Sempre fui focado pra isso. Quando eu tinha um emprego que eu precisava para me sustentar, ele sempre foi secundário. Meu interesse primário era escrever”, destaca.
Nos Estados Unidos teve muitas dificuldades em conseguir seu sustento. “Eu tinha que ler muito e investir na minha carreira de escritor e também tinha que ir à Faculdade para aperfeiçoar o inglês. Trabalhei em muitos empregos durante dois anos. Fiz vários trabalhos até conseguir o processo da minha legalização nos país. Em dois anos eu consegui uma autorização pra trabalhar nos Estados Unidos. Então, trabalhei num local parecido com um tabelionato, fazendo a tradução de documentos. Abandonei esse trabalho na metade do ano passado e agora me dedico somente para os estudos”.

Leitura
Jacob comenta categoricamente que todos os seres humanos precisam se conscientizar que é preciso passar por um processo de formação continua. “Não existe mais aquela pessoa que se forma na universidade, procura um emprego e desenvolve essa atividade até se aposentar. Agora, a mudança acontece tão rapidamente que, se você parar, em um ou dois anos você já está defasado. Então, uma forma de buscar esse aperfeiçoamento é através da leitura. A pessoa que sabe ler, mas não lê, é a mesma coisa que não saber ler. Mas se você lê e não pratica o que você lê, você não reflete, não questiona, não tenta colocar em prática, a leitura perde o sentido. O mais importante na vida das pessoas é descobrir esse fascínio pelo novo, pelo questionamento. O conhecimento não está nas respostas, está nas perguntas, porque você precisa ter um conhecimento para formular uma pergunta. Todos nós nos achamos de mente aberta, compreendendo o que acontece, mas na verdade somos algemados pelas nossas convicções. Mas se mudarmos o conhecimento, a forma como vemos as coisas também vai mudar”, finaliza.

 

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