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20/11/2017 20h04
Emater/RS-Ascar realiza ações de Proteção de Nascentes na região de Soledade
Emater/RS-Ascar realiza ações de Proteção de Nascentes na região de Soledade
Proporcionar o acesso a uma fonte de água potável para o consumo das famílias e de suas criações, bem como para irrigação de hortas e pomares, são os objetivos do trabalho realizado pela Emater/RS-Ascar na área de proteção de nascentes. Para tanto, na segunda-feira (13/11), extensionistas da região administrativa de Soledade participaram de uma capacitação sobre proteção de nascentes realizada na propriedade dos agricultores Valdair e Andreia Klein, no município de Herveiras. A família, produtora de leite e fumo, é uma das integrantes do Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pescar e Cooperativismo (SDR), e tinham a demanda de proteger uma nascente para obter água potável para o consumo e também para a limpeza e higienização da sala de ordenha.
As atividades da capacitação foram coordenadas pelo geógrafo e coordenador Estadual da Área de Saneamento Básico, do Escritório Central da Emater/RS-Ascar, Gabriel Ludwig Katz, pelo assistente técnico e a supervisora microrregional do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, respectivamente, Evandro Scariot e Marines Bock. Na ocasião, o grupo discutiu formas de realizar a proteção da nascente da propriedade e iniciou o seu processo de construção. Segundo Katz, a proteção de nascentes pode ser realizada por qualquer agricultor que tenha uma nascente a ser protegida e que não disponha de um sistema público de abastecimento de água para que não haja a necessidade de outorga de uso da água, bem como respeitar um conjunto de orientações presentes no roteiro técnico elaborado pela Emater/RS-Ascar. "A intervenção deve ser a mínima possível, por se tratar de uma área de preservação permanente. Devem ser mantidos o sentido do fluxo hídrico e uma vazão mínima, de modo a garantir a sobrevivência e diversidade das espécies no entorno das nascentes e dos olhos d`água", ressalta Katz.
A proteção de nascentes consiste na construção de uma pequena estrutura de proteção da água que aflora dos lençóis subterrâneos, cobrindo com lonas ou pedras para que nenhuma forma de contaminação física, química ou biológica do ambiente polua a água que vai ser consumida pela família. Em seguida, a estrutura é preenchida com rochas de diferentes tamanhos e, na pequena barragem, são colocados canos de limpeza, de captação da água e um cano extravasor, chamado de “ladrão” para que o excedente da água continue percorrendo seu curso natural. "Nesta prática, devem ser realizados diversos processos de recomposição e conservação da vegetação no entorno da nascente, de acordo com as legislações vigentes, além do cercamento da área para evitar a entrada de animais", orienta Gabriel.
Entre os benefícios desta prática estão o acesso à água de qualidade, o que evita que doenças e parasitoses causadas pela contaminação da água atinjam as famílias e causem danos ambientais. "A proteção de nascentes é uma atividade de conservação ambiental, pois possui um conjunto de princípios de revitalização e conservação da vegetação nativa do entorno da nascente, contribuindo, desta forma, para a sobrevivência de um grande número de espécies da fauna e flora, assim como conserva o solo do entorno das nascentes contra processos erosivos que causam perda da capacidade de infiltração da água e assoreamento dos cursos da água", finaliza Katz.
As famílias que desejarem realizar a proteção de nascentes em suas propriedades rurais podem procurar os escritórios da Emater/RS-Ascar em seus municípios e solicitar o apoio técnico necessário para a atividade.
Foto: Carina Venzo Cavalheiro
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Soledade
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